Atividade 01
Conceitos
sobre frase, sintagmas, oração, sujeito e predicado.
A partir dos conceitos
estudado verifique os seus conhecimentos sobre
frase, oração, sujeito e predicado com a realização deste exercício..
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Atividade 02
Olimpíadas de Língua Portuguesa – 7ª edição.
Atividade 03
Agora você fará uma deliciosa leitura da crônica abaixo.
A Rua do
Ouvidor
E
todavia não o era!...
Com
efeito não havia nem há rua mais opulenta de aromas, de perfumes, de pastilhas
odoríferas, de banhas e de pomadas de ótimo cheiro; mas tudo isso encerrado em
vidrinhos, em frascos e em pequenas caixas bonitas que mantinham e mantêm a Rua
do Ouvidor tão inodora como as outras de dia.
Atualmente
de noite observa-se o mesmo fato.
Naquele
tempo, porém, isto é, nos tempos do Demarais, e ainda depois, a Rua do Ouvidor, de fácil
e reta comunicação com a praia, era uma das mais frequentadas pelos condutores
dos repugnantes barris, das oito horas da noite até às dez.
A
informação é a seguinte:
Um
francês (viajante charlatão) passou pela cidade do Rio de Janeiro, e
demorando-se nela alguns dias, ouviu dos patrícios da Rua do Ouvidor queixas
dos incômodos tigres que frequentes passavam ali de noite. Sábio e
consciencioso observador que era, o viajante tomou nota do ato, e poucos anos
depois publicou, no seu livro de viagens, esta famosa notícia:
“Na
cidade do Rio de Janeiro, capital do Império do Brasil, feras terríveis, os
trigraves, vagam, durante a noite, pelas ruas, etc., etc.!!!”
E
é assim que escreve a história!
O
caso que observei foi desastroso, mas de natureza que fez rir a todos.
Pouco
depois das oito horas da noite, um inglês, trajando casaca preta e gravata
branca...
Entre
parênteses.
Em
1839 ainda era de uso ordinário e comum a casaca; o reinado de paletó começou
depois; muitos estudantes iam às aulas de casacas, e não havia senador nem
deputado que se apresentasse desacasacado nas respectivas Câmaras: o paletó
tornou-se eminentemente parlamentar de 1845 em diante.
Fechou-se
o parênteses.
O
inglês de chapéu de patente, casaca preta e gravata branca subia pela Rua do
Ouvidor, quando encontrou um negro que descia, levando à cabeça um tigre para
despejá-lo no mar.
O
pobre africano ainda a tempo recuou um passo, mas o inglês que não sabia recuar
avançou outro; o condutor do tigre encostou-se à parede que lhe ficava à mão
direita, e o inglês supondo-se desconsiderado por um negro que lhe dava passo à
esquerda pronunciou a ameaçadora palavra goodemi, e sem mais tir-te nem
guar-te honrou com um soco britânico a face do africano, que perdendo o
equilíbrio pelo ataque e pela dor, deixou cair o tigre para diante e
naturalmente de boca para baixo.
Ah!
Que não sei de nojo como o conte!
O
Tigre ou o barril abismou em seu bojo o chapéu e a cabeça e inundou com o seu
conteúdo a casaca preta, o colete e as calças do inglês.
O
negro fugiu acelerado, e a vítima de sua própria imprudência, conseguindo
livrar-se do barril, que o encapelara, lançou-se a correr atrás do africano,
sacudindo o chapéu em estado indizível, e bradando furioso:
—
Pegue ladron! Pegue ladron!...
Mas
qual - pega ladron! -: todos se arredavam de inocente e malcheiroso negro que
fugia, e ainda mais o inglês, tornado tigre pela inundação que recebera.
Era
geral o coro de risadas na Rua do Ouvidor.
O
inglês, perdendo enfim de vista o africano, completou o caso com um remate pelo
menos tão ridículo como o seu desastre. Voltando rua acima, parou em frente de
numeroso grupo de gente que testemunhara a cena, e ria-se dela.
Ainda
hoje o estou vendo; o inglês parou, e sempre a sacudir o chapéu olhou iroso
para o grupo e disse mas disse com orgulhosa gravidade britânica:
—
Amanhã faz queixa a ministro da Inglaterra, e há de ter indenização de chapéu e
de casaca perdidas.
Ah!
Eu creio que então a melhor das risadas que romperam foi a minha gostosa, longa
e repetida risada de estudante feliz e alegrão. É inútil dizer que não
houve questão diplomática. A Inglaterra ainda não se tinha feito representar no
Brasil por Mr. Christie, o único capaz (depois do jantar) de exigir indenização
do chapéu e da casaca que o patrício perdera.
Não
foi este único desastre que os tigres ocasionaram, foram muitos e todos mais ou
menos grotescos, e sei de um outro (além da encapelação do inglês) ocorrido na
Rua do Carmo hoje Sete de Setembro, que de súbito desfez as mais doces
esperanças do casamento inspirado e desejado por mútuo amor.
O
namorado era estudante, meu colega e amigo; estava perdidamente apaixonado por
uma viúva, viuvinha de dezoito anos, e linda como os amores.
Uma
noite, a bela senhora estava à janela, e à luz de fronteiro lampião viu o
namorado que, aproveitando o ponto do mais vivo clarão iluminador, lhe
mostrava, levando-o ao nariz, um raminho de lindas flores, que ia enviar-lhe,
quando nesse momento o cego apaixonado esbarrou com um condutor de tigre, e,
embora não encapelado, foi quase tão infeliz como o inglês.
O
pior do caso foi que a jovem adorada incorreu no erro quase inevitável de
desatar a rir, e logo depois de fugir da janela por causa do mau cheiro de que
se encheu a rua.
O
namorado ressentiu-se do rir impiedoso da sua esperançosa e querida noiva;
amoroso, porém, como estava, dois dias depois tornou a passar diante das
queridas janelas.
No
erro; a formosa viúva, ao ver o estudante, saudou-o doce, ternamente, mas levou
o lenço a boca para dissimular o riso lembrador de ridículo infortúnio.
O
estudante deu então solene cavaco, e não apareceu mais à bela viuvinha.
Um tigre matou aquele amor.
Atividade 04
Feito a leitura, proponho a você que faça a análise
a partir das seguintes perguntas.
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Atividade 05
Vamos lá! A partir dos fatos que você imaginou descreva uma situação do seu cotidiano que seja carregada de emoções, risos ou reflexões. Duvido você não ter nenhuma situação vivenciada a contar!
Não precisa ser um texto extenso. Máximo 10 linhas, com título e o autor.


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